O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) aponta queda de 0,7 ponto em março de 2023. O índice, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), registrou 49,9 pontos e ficou abaixo da zona de confiança após leve recuperação apresentada em fevereiro. No entanto, permanece próximo da linha divisória de 50 pontos: quando o índice fica acima de 50, indica confiança. É o que explica o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

“O empresário perdeu a confiança, mas também a falta de confiança não chega ainda a ser muito disseminada entre os empresários industriais. O índice vinha de uma queda muito forte desde o final do ano passado, fevereiro tinha mostrado uma recuperação trazendo o empresário para novamente uma área de confiança e agora isso se perdeu”, afirma.

De acordo com o ICEI, o resultado foi puxado pela avaliação negativa dos empresários no Índice de Condições Atuais da economia brasileira, que apresentou recuo de 1,7 ponto e chega a 44,2 pontos, a pior marca desde julho de 2020 — período da pandemia de Covid-19. Na época, o índice registrou 34,5 pontos. Marcelo Azevedo destaca que os empresários encontram dificuldades para fazer a leitura do atual cenário econômico.

“Está oscilando muito nos últimos meses com relação à confiança ou falta de confiança. A gente percebe que, pelos componente do índice, que há uma contaminação muito grande da variação das condições correntes de negócio, uma avaliação muito negativa das condições de correntes de negócio. Por outro lado, as expectativas seguem positivas”, explica Azevedo.

O Índice de Expectativas apresentou variação negativa de 0,2 pontos para 52,7 pontos, garantindo certa estabilidade. Apesar da leve baixa, o indicador demonstra otimismo do empresário industrial com relação aos próximos meses ao permanecer acima da linha divisória dos 50 pontos, segundo o levantamento. Entretanto, as expectativas positivas dos empresários do setor se limitam às suas próprias empresas (56,1). Já em relação a economia brasileira o cenário é de pessimismo (46,0).

Entre os dias 1º e 7 de março, a pesquisa entrevistou 1.396 empresas, sendo 559 de pequeno porte; 510 de médio porte; e 327 de grande porte.

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